terça-feira, 28 de junho de 2011

Novo Governo: CDS indicou sete secretários de Estado e uma subsecretária


O CDS indicou oito nomes na lista dos secretários de Estado do XIX Governo Constitucional, - sete secretários de Estado e uma subsecretária.

Vânia Dias da Silva, subsecretária de Estado Adjunta do Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, vai trabalhar na Presidência do Conselho de Ministros (PCM) mas, apesar disso, reporta directamente a Paulo Portas

Cecília Meireles, deputada eleita pelo Porto, será a Secretária de Estado do Turismo. Já Filipe Lobo d'Ávila, vai ser Secretário de Estado da Administração Interna. E João Casanova de Almeida, especialista em administração escolar, será secretário de Estado do Ensino.

Daniel Campelo, engenheiro agrónomo, ex-presidente da câmara de Ponte de Lima vai assumir a secretaria de Estado de Assunção Cristas, tutelando as Florestas e Desenvolvimento Rural. Assunção Cristas indicou ainda outro secretário de Estado, Diogo Santiago Albuquerque, para a Agricultura. Estava na Comissão Europeia, onde trabalhava na reforma da PAC.

Já conhecidas eram as indicações dos dirigentes do CDS Miguel Morais Leitão (Negócios Estrangeiros) e Paulo Núncio (Assuntos Fiscais).

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Novo Governo: Mota Soares, das «camadas jovens» para a Segurança Social


Pedro Mota Soares é o chamado produto das «camadas jovens» do CDS, a Juventude Centrista. Salta agora para a ribalta como ministro da Solidariedade e da Segurança Social, depois de na última legislatura ter sido líder da bancada parlamentar do seu partido.

Luís Pedro Russo da Mota Soares, advogado de 37 anos, conta já com dez anos de deputado. Casado e pai de dois filhos, deu nas vistas nos último dias não só por fazer parte da equipa negocial com o PSD, mas também por ter surgido na sede social-democrata com a sua Vespa.

Pós-graduado em Direito do Trabalho e assistente universitário na Faculdade de Direito da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, foi líder da juventude centrista entre 1996 e 1999. Foi secretário-geral do CDS-PP entre 2002 e 2005.
in TVI

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Texto integral do Acordo Político "Maioria para a Mudança" que subscrevi em nome do CDS


ACORDO POLÍTICO DE COLABORAÇÃO ENTRE O PSD E O CDS/PP PARA O ESTABELECIMENTO DE UM PROJECTO POLÍTICO DE LEGISLATURA

Portugal está hoje confrontado com uma situação extremamente delicada, caracterizada por uma profunda debilidade económico-financeira que nos obrigou a recorrer, pela primeira vez em mais de três décadas, à ajuda externa. Uma debilidade económico-financeira que se projecta, de forma dramática, na degradação das condições de vida da generalidade dos Portugueses e que está inclusive a pôr em causa o desempenho, pelo Estado, das suas responsabilidades indelegáveis de protecção dos mais desfavorecidos e daqueles que se encontram numa situação de maior debilidade, bem como a promoção da igualdade de oportunidades e da mobilidade social.

As eleições legislativas do passado dia 5 de Junho representaram, porém, o surgimento de um novo horizonte de esperança. Porque deram nota, clara e inequívoca, da vontade dos nossos compatriotas de não se resignarem. Porque os seus resultados traduzem um claro desejo de mudança. E, sobretudo, porque tornaram patente que existem soluções, credíveis e claras, para retirar o País do actual estado de coisas e para o recolocar na senda do progresso e do desenvolvimento.

Enquanto representantes e intérpretes privilegiados da vontade popular, constitui dever de responsabilidade dos responsáveis políticos – de todos eles – retirar as indispensáveis ilações da vontade popular então expressa. E fazê-lo com sentido de responsabilidade e tendo em mente o objectivo primeiro para cuja realização lhes compete trabalhar: a defesa do interesse de Portugal e dos Portugueses.

Os desafios com que estamos confrontados são complexos e pesados. E os tempos que vivemos são, por isso mesmo, de exigência e de responsabilidade. Porque, mais do que mudar de políticas, o que está em causa é mudar o próprio modelo de desenvolvimento económico e social do País.

É possível, e é necessário, governar de forma diferente e, sobretudo, governar melhor. Para o conseguir, porém, é indispensável delinear uma solução política que não se traduza num mero arranjo de conveniência, preocupado apenas com a ocupação de lugares no poder, mas que seja tradução de um projecto coerente para mudar Portugal, para melhorar, de modo sustentado, as condições de vida dos nossos compatriotas e para voltar a colocar Portugal numa rota de convergência com os nossos parceiros europeus, de cooperação estreita com os Países de Língua Oficial Portuguesa e de renovado prestígio na comunidade internacional.

Assim, o PSD e o CDS/PP:

• Atenta a absoluta necessidade de dotar o País de um Executivo que assegure, com coerência e estabilidade, a condução dos assuntos da governação pelo período da XII Legislatura da Assembleia da República;

• Fiéis aos valores que os orientam, nomeadamente a preocupação central com a pessoa humana e a sua dignidade, aos princípios que definem a identidade de cada partido e ao percurso histórico que os caracteriza;

• Interpretando os resultados das eleições legislativas de 5 de Junho de 2011, das quais resultou uma maioria parlamentar dos dois partidos, correspondendo a uma maioria social de votantes superior a 50%;

• Tendo em conta o apelo, feito pelo Senhor Presidente da República, para que seja encontrada, no novo quadro parlamentar, uma solução governativa que disponha de apoio maioritário e consistente, subscrevem o presente Acordo Político de Colaboração para o Estabelecimento de um Projecto Político de Legislatura, que se consubstancia nas seguintes regras:

I. FORMAÇÃO E ORIENTAÇÃO PROGRAMÁTICA DO GOVERNO

1. O PSD e o CDS/PP reconhecem a absoluta necessidade de dotar Portugal de um Governo maioritário de coligação, condição primeira para fazer sair o País da crise actual e para criar as condições indispensáveis ao cumprimento dos compromissos estabelecidos com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional.

2. Para tal efeito, será constituído um Governo de coligação entre os dois partidos, sob a liderança do Presidente da Comissão Política Nacional do PSD e Primeiro-Ministro indigitado, Dr. Pedro Passos Coelho, ao qual cabe, nos termos constitucionais, a responsabilidade pela constituição do Governo.

3. Embora sustentado no apoio parlamentar dos dois partidos subscritores, o Governo terá a preocupação de alargar a sua base de apoio, para isso estabelecendo o indispensável diálogo com personalidades, organizações e instituições da sociedade civil, que se revejam no propósito de mudança que aquele visa protagonizar.

4. A criação das condições de confiança, tanto junto dos portugueses como dos nossos parceiros internacionais, requer absolutamente que o nosso País tenha um Governo de Legislatura. Nessa medida, o PSD e o CDS/PP comprometem-se, através das respectivas direcções políticas e dos seus órgãos próprios, a empreender todos os esforços com vista a garantir a estabilidade e a continuidade desse Governo.

5. O Governo de coligação terá como preocupação fundamental da sua actuação ao longo da legislatura a realização dos seguintes objectivos:

a) Gerir e resolver a grave situação financeira, assumindo os custos e as condicionantes inerentes. Para o efeito, o Governo compromete-se com a execução de um Plano de Estabilização Financeira e de um Plano de Emergência Social que proteja os mais vulneráveis, bem como com o cumprimento dos termos do Memorando de Políticas Económicas e Financeiras acordado entre o Governo Português, a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional. Queremos reconstruir a confiança da comunidade internacional em Portugal e acautelar o prestígio do nosso país no processo de construção europeia e no quadro da Lusofonia;

b) Criar condições para acelerar a retoma do crescimento económico e a geração de emprego, com vista à melhoria das condições de vida dos cidadãos, apostando na valorização do trabalho e repondo a mobilidade social, especialmente para os mais jovens. O Governo promoverá o aumento da produtividade e da competitividade como via para o crescimento económico sustentado e para a criação de emprego, tornando-se um factor de segurança para os Portugueses.

c) Garantir o Estado Social através da criação de condições para a sua sustentabilidade económica, financeira e inter-geracional, evitando a exclusão social, assegurando uma mais justa repartição dos sacrifícios, mediante uma ética social na austeridade que proteja em particular os grupos mais frágeis da sociedade, nomeadamente os pensionistas com pensões mais degradadas.

d) Iniciar as transformações estruturais necessárias para um crescimento sustentável a todos os níveis: travar e reduzir o endividamento do Estado e diminuir a sua despesa, nomeadamente através da redução de estruturas e dirigentes em todos os níveis do Estado e do seu sector empresarial; assegurar o reforço da independência e da autoridade do Estado, garantindo a não partidarização das estruturas e empresas da Administração e assegurando uma cultura de mérito, excelência e rigor em todas, com enfoque na qualidade dos serviços prestados ao cidadão.

e) Abrir um novo horizonte de futuro à juventude, preparando-a para a empregabilidade e a competitividade na nova sociedade do conhecimento, actuando sobre a qualidade e a exigência do sistema de ensino com promoção do mérito, do esforço e da avaliação; e desenvolvendo a ciência, a tecnologia, a inovação, o ensino técnico-profissional e a formação contínua no mundo empresarial.

f) Aumentar a poupança, reduzir o endividamento externo, exportar mais e melhor e depender menos das importações, através de políticas adequadas de ajustamento macroeconómico e reforçando a inovação, o empreendedorismo, a acção externa coerente e uma nova política energética. Acreditamos no papel insubstituível da iniciativa privada, pelo que daremos atenção especial às PME e adoptaremos políticas que contribuam para o aumento da sua produtividade e competitividade. O Governo valorizará os novos sectores estratégicos, designadamente os que têm maior impacto nos bens transaccionáveis, dando a devida prioridade à agricultura e florestas, à economia do mar e das pescas, ao turismo e à cultura, promovendo uma política de proteção ambiental e um desenvolvimento sustentado do território, sem descurar todos os restantes sectores que contribuam para o aumento da capacidade exportadora, que será crítica no curto e médio prazo para a criação de postos de trabalho e para o aumento do rendimento.

g) Remover bloqueios e constrangimentos à recuperação económica, com especial destaque para as seguintes reformas: da concorrência e dos respectivos reguladores; do mercado de trabalho, viabilizando a empregabilidade e a contratação; do mercado de arrendamento, promovendo a mobilidade, a reabilitação urbana e a diminuição do endividamento das famílias; do sistema fiscal, valorizando nomeadamente o trabalho, a família e a poupança; da Segurança Social, garantindo a sua sustentabilidade, a solidariedade inter-geracional e a progressiva liberdade de escolha, nomeadamente dos mais jovens.

h) Reformar a justiça, tendo em vista a obtenção de decisões mais rápidas e com qualidade, tornando-a num estímulo ao desenvolvimento económico e ao investimento. Será prioridade do próximo Governo a recuperação da credibilidade, eficácia e responsabilização do sistema judicial e o combate à corrupção.

i) Promover o desenvolvimento humano e social, qualificando os portugueses para a era da globalização onde o conhecimento terá uma importância acrescida. O Governo defenderá a humanização da prestação de cuidados de saúde e a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde. O Governo reconhece a importância da economia social e pugnará pela máxima utilização da capacidade instalada, nomeadamente nos sectores da educação, saúde e solidariedade.

j) Garantir a condição primeira do exercício da liberdade, que é a segurança dos cidadãos, nomeadamente através do reforço da motivação das forças de segurança e da sua eficácia operacional.

6. A realização desses objectivos centrais será feita em obediência às orientações traçadas no “Acordo relativo às Bases Programáticas do Governo de Coligação”.

7. Os partidos signatários assumem, desde já, que o acordo referido no ponto anterior constituirá o fundamento do programa do Governo a apresentar à Assembleia da República.

II. COLABORAÇÃO NO PLANO PARLAMENTAR

1. Por forma a garantir, permanentemente, a coerência e a estabilidade do projecto político que o Governo de coligação corporiza, o PSD e o CDS/PP, no respeito pela identidade própria de cada um, assumem o princípio de colaboração activa no apoio, em sede parlamentar, à sua actuação, seja no que toca às orientações estratégicas por ele delineadas, seja no que respeita às medidas concretas por ele propostas.

2. Para isso, os partidos signatários comprometem-se a votar solidariamente, em sede parlamentar, designadamente, as seguintes questões:

a) Programa do Governo;

b) Moções de confiança e de censura;

c) Orçamentos, grandes opções do plano e iniciativas de suporte ao Programa de Estabilidade e Crescimento;

d) Medidas de concretização dos compromissos constantes dos entendimentos celebrados com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional;

e) Propostas de lei oriundas do Governo;

f) Actos parlamentares que requeiram maioria absoluta ou qualificada, incluindo projectos de revisão constitucional;

g) Propostas de referendo nacional;

h) Eleições dos órgãos internos da Assembleia da República, com excepção da do Presidente da Assembleia, em que os Partidos têm compromissos prévios, ou dos órgãos a ela externos em que deva fazer representar-se, assegurando uma adequada representação de ambos.

3. A listagem prevista no ponto anterior é exemplificativa, devendo a concertação entre ambos os partidos estender-se a outras matérias ou questões, sempre que tal for considerado conveniente, após consultas prévias entre as direcções dos respectivos Grupos Parlamentares.

4. No âmbito da actuação parlamentar, o PSD e o CDS/PP comprometem-se ainda a:

a) Garantir a informação e consulta prévias em todas as iniciativas legislativas da responsabilidade de qualquer dos partidos;

b) Apresentar, em termos e prazos a definir, um projecto conjunto de revisão constitucional, sem prejuízo da existência de ante-projectos próprios. No âmbito desse projecto conjunto, deverão merecer especial atenção, entre outros, os temas relacionados com a reforma do sistema político, do sistema judicial e dos órgãos de regulação, bem como, ainda, a problemática da limitação do endividamento público;

c) Abster-se de apresentar qualquer iniciativa parlamentar que colida com a actividade do Governo;

d) Desenvolver os melhores esforços no sentido de procurar viabilizar as iniciativas parlamentares de cada um dos partidos.

5. A concertação na actividade em sede parlamentar será assegurada por via de uma estrita e permanente articulação entre as Direcções dos respectivos Grupos Parlamentares e da realização, sempre que tal for considerado adequado, de reuniões conjuntas desses Grupos.

III. COLABORAÇÃO POLÍTICA EXTRA-PARLAMENTAR

1. Reconhecendo a necessidade de a coerência e estabilidade do seu projecto político conjunto ser assegurada a todos os níveis, o PSD e o CDS/PP assumem que a colaboração mútua deve abranger, ainda:

a) No respeito pela identidade própria de cada partido, a cooperação e a mobilização das respectivas estruturas e responsáveis, em todos os escalões da sua organização interna;

b) A troca de informações e a consulta mútua no que respeita a actos eleitorais que venham a ocorrer no decurso da vigência do presente Acordo.

2. Sem prejuízo do disposto no ponto anterior, a decisão sobre matérias relativas às Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira respeitará a autonomia estatutária dos órgãos regionais de ambos os partidos.

IV. DISPOSIÇÕES FINAIS

1. O presente Acordo entra em vigor na data da sua assinatura e vigorará por todo o período da XII Legislatura da Assembleia da República.

2. O presente Acordo é celebrado num espírito de colaboração empenhada, permanente, leal e franca e em obediência a um propósito único: a promoção do interesse nacional

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Paulo Portas confirma acordo com o PSD, Presidência AR fica de fora

Paulo Portas confirma a finalização dos acordos político e programático com o PSD e anuncia que a questão da Presidência da Assembleia da República fica de fora do acordo.
Ver vídeo em:
http://vimeo.com/25129183

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Conversações com o PSD: quem é quem nas equipas de trabalho do CDS

De acordo com o que ficou acertado nas conversações de hoje com o PSD, duas equipas de trabalho vão aprofundar, nos próximos dias, dois aspectos importantes para a constituição de uma maioria de mudança.

A primeira equipa trabalhará no acordo político que deve reger as relações entre os dois Partidos. Pelo lado do CDS é constituída pelo Luís Pedro Mota Soares, líder parlamentar e pelo José Luís da Cruz Vilaça, membro da comissão executiva.

Por sua vez, outra equipa trabalhará na área das bases programáticas, que é por onde qualquer solução em profundidade tem de começar. Pelo lado do CDS, fazem parte desta equipa a Assunção Cristas, vice-presidente do Partido, que se tem dedicado em especial às áreas das finanças públicas e fiscalidade; a Cecília Meireles que tem focado a sua atenção na área económica e foi coordenadora do nosso Manifesto Eleitoral; o Nuno Magalhães, vice-presidente do Partido e especialista nas áreas institucionais; e o Luís Pedro Mota Soares, que tem assumido responsabilidades nas políticas sociais e é, também, vice-presidente nacional.

No final dos trabalhos, as delegações voltarão a encontrar-se para avaliar o trabalho e concluir as conversações.

Desejo boa sorte a todos os que vão participar neste processo.
Paulo Portas

Começam hoje as conversações com o PSD: declaração de intenções


Hoje começam as conversações entre PSD e CDS para a definição de um acordo que proporcione a Portugal uma maioria estável para 4 anos.



Tenho falado pouco - e só agora volto a postar - não por negligência mas por atitude. É uma negociação que por natureza não pode ser demorada; e que evidentemente começa pelo mais necessário, substantivo e árduo - o programa. Isso não se compadece com demasiada controvérsia ou exposição pública. Dizia D. João II que há tempos de coruja e tempos de falcão e tinha saber e razão no que dizia.



Parto para todo este processo conhecendo o velho princípio da negociação - nada está acordado até tudo estar acordado - e com fundada esperança no resultado final. Portugal precisa de um bom governo. De um governo forte e de mudança. Disse-o na campanha, mantenho agora. É esse o objectivo

pelo qual vale a pena trabalhar.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Passos Coelho vence e anuncia governo PSD/CDS com independentes

O PSD venceu as legislativas antecipadas de 5 junho sem maioria absoluta, tendo o seu líder, Pedro Passos Coelho, declarado que "está aberto o caminho para que o PSD e o CDS, com personalidades independentes, venham a constituir o governo de que Portugal precisa".


Conquistando o maior número de deputados da era pós-Cavaco, numas eleições marcadas pela subida do CDS/PP, o futuro primeiro-ministro iniciou o seu discurso de vitória garantindo aos portugueses "um governo de maioria". E reiterou a sua indisponibilidade de 'abrir' o Governo ao PS, embora se manifeste pronto para dialogar com os socialistas.

O líder do CDS-PP, Paulo Portas, também manifestou no seu discurso ao país a "disposição do CDS para construir um Governo forte para uma maioria para quatro anos". E logo se ocupou de lançar pontes para o lado do PS: "Saber dialogar com o novo Partido Socialista vai ser importante", declarou o líder centrista, nomeadamente "para aprovar uma revisão constitucional pragmática" e "leis reforçadas" que "carecem de dois terços de apoio parlamentar e de um vasto consenso político".

José Sócrates, o primeiro-ministro cessante e líder partidário derrotado, tinha sido o primeiro a discursar e, logo aí, lançara o tom que marcaria as mensagens políticas da noite: "Nunca o país precisou tanto de diálogo e de compromisso e isso não mudou com o resultado das eleições. Reafirmo, portanto, a disponibilidade do PS para o diálogo e para os compromissos e entendimentos que, em coerência com o seu projeto, sejam necessários".

Já Pedro Passos Coelho dedicou a vitória à juventude portuguesa e começou por balizar o seu programa de Governo: "Não descansaremos enquanto não pusermos Portugal a crescer. Sabemos bem que essa é a única forma verdadeira e duradoura de defender o nosso Estado social".

No seu discurso de derrota, José Sócrates fez questão de mostrar "fair play". Depois de pedir aos apoiantes que o escutavam que saudassem a vitória do PSD, desejou "o melhor" a Pedro Passos Coelho: "Desejo sinceramente o que desejaria para mim próprio e para qualquer outro que os portugueses escolhessem neste tempo de dificuldades". Nessa ocasião anunciou o abandono da liderança do PS e prometeu não só que se absteria de interferir na escolha da futura liderança dos socialistas, mas também que se iria afastar de cargos públicos durante os próximos tempos.

Em resposta a esta posição reagiu António José Seguro, dado como um candidato à sua sucessão, mas apenas para se declarar "em reflexão" e prometer uma posição para "muito breve" sobre a liderança do PS. Também Francisco Assis prometeu um "papel ativo" na discussão do futuro do PS.

Quanto à CDU, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, destacou a ligeira subida percentual dos votos na coligação e, naturalmente, o regresso a quarta força política, à frente do Bloco de Esquerda. A eleição de um deputado por Faro foi, de resto, muito festejada. Quanto ao futuro, prometeu dura oposição ao governo PSD/CDS: "A luta social vai dar-se, mas não é por vontade ou decreto. Será inevitável", afirmou.

O coordenador do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, assumiu também pessoalmente a estrondosa derrota do partido, que perdeu quase metade dos votos conquistados nas últimas eleições. "O meu lugar está sempre nas mãos do partido", disse em resposta aos jornalistas, anunciando que, para analisar os resultados, a comissão política irá reunir esta semana e a mesa nacional daqui a duas.

Dos pequenos partidos, duas notas. O Partido pelos Animais e pela Natureza (PAN) foi uma das surpresas da noite, aproximando-se do MRPP e conseguindo na sua primeira ida às urnas o número de votos suficientes para ter direito à subvenção estatal, tal como partido de Garcia Pereira. E Rui Marques, líder do Movimento Esperança Portugal, considerou que os resultados que o colocaram em 9º lugar uma "derrota claríssima" e anunciou a sua demissão da presidência do partido.
Lusa (online)

domingo, 5 de junho de 2011

Sócrates anunciou saída da liderança do PS

PS perde mais de 20 deputados e tem a menor votação desde 1987. Derrota clara levou à demissão de Sócrates. PSD ganha mais de 20 deputados. CDS também aumenta número de mandatos e CDU ultrapassa BE, que perde, pelo menos, 8 deputados. PSD e CDS têm maioria absoluta no Parlamento. Abstenção atinge valores máximos.

O PSD esmagou o PS nestas eleições legislativas. O partido encabeçado por Pedro Passos Coelho contou com 39,57% dos votos, contra 28,24% do PS, segundo a previsão da Eurosondagem para o Expresso, SIC e Rádio Renascença.

O CDS-PP continua como a terceira força política, com 11,36% dos votos. O PCP conta com 7,71%, enquanto o BE fica com 4,97% dos votos.

Fonte: Jornal do Algarve

CDS é o terceiro maior partido de Portugal!

Projecção TVI: PSD vence eleições com 37,7 a 42,5%
O PSD vai alcançar entre 37,7% e 42,5% dos votos nestas eleições Legislativas, segundo a projecção da Intercampus para a TVI. O PS ficará entre os 24,4% e os 28,8% e o CDS entre os 10,10% e os 13,7%. Na esquerda, a CDU fica entre os 6,20% e os 9,40%e o Bloco de Esquerda entre os 3,8% e os 7%.
Fonte: TVI

Paulo Portas: "Já votei. Votei bem. E votei na rua da... Esperança (o que não é igual a euforia)"

Hoje vai ser dia de vitória!!!!!
"Sou o eleitor 8078 da Madragoa. Votei tranquilamente às dez e pico da manhã.
Nas declarações que fiz, pedi uma participação excepcional porque a situação de Portugal é excepcional. Havemos de sair juntos, enquanto Nação, desta crise.
Detalhe: a rua onde votei chama-se rua da Esperança... (o que nada tem a ver com euforias manifestamente inadequadas."
Paulo Portas

sexta-feira, 3 de junho de 2011

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Filme do dia

Veja aqui:

http://vimeo.com/24480242