terça-feira, 30 de agosto de 2011

Chefias na Segurança Social vão ser reduzidas em 25 por cento


O Governo vai reduzir “25 por cento das chefias” na Segurança Social, anunciou o ministro da Solidariedade, Pedro Mota Soares, que prevê com a medida uma poupança anual de seis milhões de euros.
“Queremos ir mais longe dos objectivos que temos nos termos do memorando de entendimento com a troika e, por isso mesmo, queremos reduzir 25 por cento de chefias na Segurança Social”, revelou Mota Soares esta segunda-feira, à margem de uma visita às Festas do Povo em Campo Maior, que ontem assinalou o Dia do Cidadão Sénior.

O ministro lembrou que o Governo já tinha anunciado um plano de redução de estruturas e dirigentes, o qual, no caso do ministério que tutela implicava a extinção dos cargos dos 18 dirigentes distritais adjuntos da Segurança Social.

Essa medida, recordou hoje Pedro Mota Soares, iria garantir uma poupança de “cerca de um milhão de euros”, mas, agora, o ministério quer “ir mais longe”, atingindo uma redução de “25 por cento de chefias” na Segurança Social. A título de exemplo, o ministro revelou que, no caso das estruturas superiores daquele organismo, a redução pode mesmo chegar aos “cerca de 30 por cento”.

Já quanto às estruturas intermédias, indicou também Pedro Mota Soares, o Governo quer “reduzir cerca de 230 postos de chefia”. Esta diminuição de cargos dirigentes não vai implicar, contudo, uma menor atenção em matéria social, fez questão de esclarecer, garantindo que o objectivo é proporcionar “uma resposta social eficaz”.

“Não esquecemos que o mais importante é chegar às pessoas, mas sabemos que, com estas medidas, podemos alocar recursos e, acima de tudo, poupar aos contribuintes, a todos nós, cerca de seis milhões de euros que estão adstritos ao pagamento destes mesmos custos de estrutura”, afirmou.

Questionado pela Agência Lusa sobre quando será concretizada esta redução de chefias, o ministro afiançou que “muito brevemente”, insistindo que não vai afectar “a eficácia de resposta” da Segurança Social. “São medidas que, numa altura em que vivemos um cenário de dificuldades, também têm um sinal, que é dizer que queremos chegar mais e mais rapidamente a quem mais precisa, libertando alguns recursos para que isso possa acontecer”, frisou.

Pedro Mota Soares esclareceu ainda que a diminuição dos cargos dirigentes vai ser feita, “acima de tudo, a nível central”, mas incidirá também em “algumas outras estruturas”.

A Lusa questionou hoje o ministério sobre se já foi escolhido o sucessor de Edmundo Martinho à frente do Instituto de Segurança Social, mas fonte oficial do gabinete do ministro limitou-se a afirmar que esse assunto será tratado “em momento oportuno”.

In Público, por Lusa

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