O presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel Lemos, considerou esta terça-feira que o projeto do CDS-PP para contratualizar 40 mil cirurgias com o sector social representa “uma tentativa séria e inovadora” para uma mudança de paradigma.
“As recentes propostas do CDS no sentido de aproveitar de forma sistemática e consistente a capacidade instalada nas misericórdias vão seguramente muito para além do imediatismo virtuoso de garantir alguns milhares de cirurgias e tempo útil.
Para Manuel Lemos, este projecto "representa uma tentativa séria e inovadora de mudança de paradigma que vai ser fundamental para a preparação de futuro”.
O responsável discursava num debate promovido no âmbito das jornadas parlamentares do CDS-PP, que decorrem em Guimarães, sobre “A importância do setor social no combate à pobreza”.
O projeto de resolução do CDS-PP, que vai ser debatido quinta-feira na Assembleia da República, recomenda ao Estado que celebre, no prazo de 60 dias, um “acordo-quadro” com a União das Misericórdias Portuguesas, para a contratualização de 40 mil cirurgias por ano nos 14 hospitais daquela instituição.
Na sua intervenção, Manuel Lemos defendeu uma “mudança de paradigma” e uma mudança na relação do Estado com o setor social, afirmando que a que existe hoje "é uma relação de controlo, de desconfiança e de tutela arrogante”.
Manuel Lemos disse que as Misericórdias “não pretendem receber subsídios do Estado” mas sim que a “administração mude a atitude em relação ao setor social”.
Ironizando, o responsável sugeriu a criação de “espécie de simplex social”, um “balcão para que as pessoas saibam onde pedir ajuda”, numa crítica à “excessiva burocratização dos apoios”.
CDS com IOL.pt
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