sexta-feira, 26 de março de 2010

CDS condena e solidariza-se com os Bombeiros de Loures e com a PSP depois das agressões ocorridas na Quinta das Sapateiras

O CDS-PP condena em absoluto os actos de vandalismo, ofensas e agressões de que foram alvo membros do corpo dos Bombeiros Voluntários de Loures e agentes da PSP de Loures na Quinta das Sapateiras no passado dia 21 de Março, quando se encontravam ao serviço da população procurando extinguir um incêndio.

Os actos criminosos que foram practicados demonstra que o CDS-PP tem razão quando defende o reforço de mais meios humanos e materiais para as Forças de Segurança.

Os actos cometidos são inqualificáveis e demonstram que a segurança de pessoas e seus bens é hoje em dia um direito ameaçado em que nem as Forças de Segurança são respeitadas.

O CDS-PP apresenta publicamente toda a sua solidariedade para com os bombeiros e agentes ofendidos e agredidos, assim como às respectivas corporações, afirmando de forma inequívoca o orgulho que temos em todo o corpo de Bombeiros e Forças de Segurança.

Tal como no passado estaremos no futuro sempre ao lado destes heróis anónimos que no dia-a-dia arriscam a sua vida e a sua integridade física em prol da segurança e do bem estar das populações.

Deixamos aqui a notícia na íntegra que foi publicada no site : http://bombeirosparasempre.blogspot.com

Bombeiros Querem Polícia para Socorrer Bairros de Loures


"Foi a primeira vez que os meus homens foram atacados desta maneira. Aquilo esteve complicado, choviam paralelepípedos, chamava-nos nomes e tivemos de sair dali à pressa", conta o comandante da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Loures, Angelo Simões. "A partir de agora só nos deslocamos a este tipo de zona com aviso prévio à polícia e depois de avaliar o risco", avisa este responsável.

Na madrugada de ontem, a polícia teve de intervir por duas vezes no bairro das Sapateiras, em Loures, a última das quais para "resgatar" os bombeiros que estavam a ser atacados. Na primeira vez, perto da 01.30 da madrugada, a PSP foi chamada ao bairro por moradores que reclamavam de desordens nas ruas e intenso ruído provocado por um grupo de perto de 30 jovens, alguns de bairros vizinhos.

Quando lá chegou o carro-patrulha da 70.ª esquadra de Loures, foi recebido à pedrada e chamou reforço de mais três carros-patrulha e duas equipas de intervenção rápida, estas últimas com oito elementos cada uma. Houve desacatos, pedras pelo ar, um polícia ferido a ter de receber tratamento hospitalar e um homem de 20 anos detido pelo crime de "ofensa à integridade física de um agente".

Mas a história não acabou aqui, ao contrário do que foi noticiado. Mal os agentes de autoridade deixaram o bairro, o grupo voltou às ruas, desta vez para começar a incendiar contentores do lixo, a fazer lembrar o cenário de "guerra" do ano passado no bairro da Bela Vista, em Setúbal.

No quartel dos bombeiros de Loures foi recebida uma chamada a dar conta da situação, perto das 02.30 da manhã. De imediato, o comandante destacou para o local um carro de combate a incêndios e logo que entraram no bairro caiu-lhes em cima uma "chuva de paralelepípedos", como "nunca" tinham visto.

O comandante Angelo Simões diz que era "um grupo de 15, 16 jovens que gritavam 'vão-se embora, saiam daqui seus filhos da p...'". Não houve feridos entre os seus homens, mas a viatura ficou com dois vidros partidos e várias mossas na chapa. Este responsável garante que vai apresentar uma queixa-crime contra desconhecidos. "Nunca tínhamos tido um problema destes, somos veículos de socorro, 'apolíticos', 'apartidários' e 'arreligiosos' e, se nem nós somos poupados a violência, devemos ficar preocupados", assevera.

O bairro das Sapateiras não foi incluído no Contrato Local de Segurança de Loures, que apenas abrange as freguesias de Sacavém, Camarate e Apelação. No entanto, mesmo nestas, segundo um inquérito divulgado no início deste mês sobre os efeitos de um ano de aplicação do contrato local de segurança, o sentimento de insegurança continua.
Fonte: DN

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